quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O DEPOIS

Há tempos não amavam tanto,
Viviam tristes, em pranto,
Cada um em seu recanto,
Entregues a um encanto.

O encontro foi perfeito,
Ela delitou-se no seu peito,
De falar não tiveram tempo,
AMOR foi a palavra do momento.

Um entregue ao outro,
Vivendo a cena de um sonho,
Amor perfeito vindouro.

No amor que viverão
Depois do sonho concretizado
Que seja eterno, realizado.

David Júnior
Brejo Santo - CE

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

PSEUDO MORTE

Um silêncio profundo,
Ar melancólico,
Saudade.
Uma despedida,
E não te terão mais,
Causará dor pra quem te ama,
Lembranças de ti.

Valerá à pena fingir a morte
Só para não amar?

David Júnior
Brejo Santo – CE

O SONHO


Caminhávamos juntos
Procurávamos algo que estava aos nossos olhos
(Por um instante estávamos cegos).
Acreditamos que iria acontecer
Engano nosso,
Não foi tão fácil.
O tempo foi quem nos fez enxergar,
Parecia impossível,
Tudo foi escrito para nós
Predestinados para amar.
Um pouco de aproximação
Para um conhecimento preciso,
O sonho realizado,
Um ser entregue ao outro – sonho vivido.

David Júnior
Brejo Santo - CE

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

"RECORDAR É VIVER"

Olhando as atualizações recentes do Orkut, me deparei com as de alguns amigos que resolveram colocar nos seus álbuns um dos momentos mais importantes de suas vidas, a infância.
Eu, “peguei carona” nas fotos e como num filme lembrei-me de algumas cenas da minha época de criança (que não faz muito tempo). Vi-me correndo pelas ruas do bairro, onde moro ainda hoje, gritando o nome dos meus amigos (hoje alguns passam por mim e nem falam), me escondendo nos terrenos baldios, atrás dos carros ou subindo nas árvores, pegando “bigú” nas carroças ou nos carros de som (na época de eleição). Brinquei muito de “policia e ladrão”, “bandeira vogal”, “esconde-esconde”, “sete pecados”, “o mata”, “urubusca”, “garrafão”, cada dia uma brincadeira diferente.
Infância - primeiras descobertas, primeiro amor, primeiro beijo, primeiro sonho a ser realizado, em fim, a época dos primeiros.
Lembro que fiz muita raiva a um casal de senhores que moravam perto da minha casa, eles odiavam quem jogava bola na calçada deles, eu fazia questão de jogar. Outra vez, na época da copa, joguei uma bomba no jardim da casa do casal – só pra se ter uma idéia do “santinho”. Outro ano - nas festas juninas – fiz fogo no cabelo de um dos meus amigos...
Felizmente, vivi a minha infância, venho aproveitando cada fase da minha vida, sempre me aperfeiçoando a cada uma delas, infância é infância, adolescência é adolescência, e assim por diante.
Mas às vezes não custa nada voltar a ser criança...

P.S.: Ninguém nunca soube que eu joguei a bomba na casa do casal de senhores, poucos lembram que eu botei fogo na cabeça de um amigo.
Lógico, ficarão sabendo se tiverem acesso a esse texto.

David Júnior


Brejo Santo - CE

sábado, 24 de outubro de 2009

FEZ FALTA

Andei visitando o blog do amigo Hérlon Fernandes – Arqueologia da Alma, e o de Magna – Sementeiras. Deparei-me com desabafos de ambos sobre a falta de inspiração. Vou me juntar a eles e beber da mesma água (que no momento está um pouco suja), pois por alguns dias deixei de escrever, não por falta de tempo, nem de vontade, mas por falta de inspiração.
Desde o dia 1° de outubro não estava conseguindo expressar o que em mim existia, cheguei a imaginar que estava morrendo um amor que acabara de nascer – eu e a escrita.
Felizmente, ontem, depois de vinte e dois dias sem dialogar com as palavras me encontrei com a inspiração. Sai “do coma poético”. Espero que a inspiração não me deixe mais sozinho.

David Júnior
Brejo Santo - CE

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

DEVOLVA-ME

Devolva-me o tesouro que me roubaste
E a felicidade que já não posso ter,

Teu perfume que me amarraste,
Juro! Não há como esquecer.
Devolva-me, meu amor,
Tirana – distância,
Amarga dor,
Mal de quem ama...

Quem ama e quer,
Espera ter,
Espera ver.


Beijar-te,
Abraçar-te,
Você!

David Júnior
Brejo Santo - CE



quinta-feira, 1 de outubro de 2009

E ENTÃO...

Se eu disser quem sou,
Falar um pouco de mim,
Dos meus sonhos,
Da minha vida,
Restarão dúvidas...

David Júnior
Brejo Santo - CE

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

VIVENDO DE MUDANÇAS

Algo mudou. E nem os grandes sábios revelam a razão. Talvez alguma das surpresas que a vida nos proporciona. E por mais que eu “quebre a cabeça” procurando a explicação para tal fato não consigo construir nenhuma tese.
O vento está soprando para outra direção, e os pássaros estão cantando outro hino. Um hino melancólico. Queria eu poder contar com o cantar dos pássaros para a minha alegria. Isso é pouco. Muito foi o que mudou. O que mais mudará? ...
Hoje acordei estressado, mudado. Confesso, não agüento mais tantas mudanças, tantas perguntas. Tudo sem resposta. Procuro refúgio nas lembranças. Elas me acolhem. Sei que não posso viver de lembranças. Mas o que eu posso fazer se não tem outra coisa pra viver? ... Vou vagar. Não vale a pena. O que valerá, se o que vale não posso ter? Não desistir, esperar. Tenho esperança. Na verdade já pensei em sumir, ir pra outro lugar. Não adianta, não vou ter o que quero. É... vou continuar avaliando o que acontece. Alguém me disse que é à distância, outro que é saudade, outro que são coisas da vida.
Pode ser...

David Júnior
Brejo Santo - CE

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

SILÊNCIO DE INSPIRAÇÃO

O silêncio, esta noite, me inspira,
Queria deleitar-me no teu corpo,
Meu coração que ama, palpita,
Que pena! Tu sentes o oposto.


Queria no teu corpo deleitar-me!
Dizer-te palavras jamais ouvidas por ti.
Seria feliz se teu amor me banhasse,
Prefiro morrer - se uma noite contigo não dormir.


O silêncio, esta noite, me inspira,
A solidão me faz companhia,
Respiro saudades de ti,
Traiçoeiro é teu amor
Que engana, atormenta, e finge.
Teu amor é pior do que dor.

David Júnior


Brejo Santo - CE

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

SAUDADE

Saudade,
Tu és tão cruel com este pobre coração,
És tão insistente,
Causaste tanta dor ao meu ser,
És um laço de espinhos que envolve meu peito,
Dor que não tem fim...
Peço-te que seja menos severa,
Que amenize a dor que sinto,
E que me deixe amar - sem ti.

David Júnior
Brejo Santo - CE