segunda-feira, 23 de novembro de 2009

PSEUDO MORTE

Um silêncio profundo,
Ar melancólico,
Saudade.
Uma despedida,
E não te terão mais,
Causará dor pra quem te ama,
Lembranças de ti.

Valerá à pena fingir a morte
Só para não amar?

David Júnior
Brejo Santo – CE

O SONHO


Caminhávamos juntos
Procurávamos algo que estava aos nossos olhos
(Por um instante estávamos cegos).
Acreditamos que iria acontecer
Engano nosso,
Não foi tão fácil.
O tempo foi quem nos fez enxergar,
Parecia impossível,
Tudo foi escrito para nós
Predestinados para amar.
Um pouco de aproximação
Para um conhecimento preciso,
O sonho realizado,
Um ser entregue ao outro – sonho vivido.

David Júnior
Brejo Santo - CE

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

"RECORDAR É VIVER"

Olhando as atualizações recentes do Orkut, me deparei com as de alguns amigos que resolveram colocar nos seus álbuns um dos momentos mais importantes de suas vidas, a infância.
Eu, “peguei carona” nas fotos e como num filme lembrei-me de algumas cenas da minha época de criança (que não faz muito tempo). Vi-me correndo pelas ruas do bairro, onde moro ainda hoje, gritando o nome dos meus amigos (hoje alguns passam por mim e nem falam), me escondendo nos terrenos baldios, atrás dos carros ou subindo nas árvores, pegando “bigú” nas carroças ou nos carros de som (na época de eleição). Brinquei muito de “policia e ladrão”, “bandeira vogal”, “esconde-esconde”, “sete pecados”, “o mata”, “urubusca”, “garrafão”, cada dia uma brincadeira diferente.
Infância - primeiras descobertas, primeiro amor, primeiro beijo, primeiro sonho a ser realizado, em fim, a época dos primeiros.
Lembro que fiz muita raiva a um casal de senhores que moravam perto da minha casa, eles odiavam quem jogava bola na calçada deles, eu fazia questão de jogar. Outra vez, na época da copa, joguei uma bomba no jardim da casa do casal – só pra se ter uma idéia do “santinho”. Outro ano - nas festas juninas – fiz fogo no cabelo de um dos meus amigos...
Felizmente, vivi a minha infância, venho aproveitando cada fase da minha vida, sempre me aperfeiçoando a cada uma delas, infância é infância, adolescência é adolescência, e assim por diante.
Mas às vezes não custa nada voltar a ser criança...

P.S.: Ninguém nunca soube que eu joguei a bomba na casa do casal de senhores, poucos lembram que eu botei fogo na cabeça de um amigo.
Lógico, ficarão sabendo se tiverem acesso a esse texto.

David Júnior


Brejo Santo - CE